23 de dezembro de 2017

Prodígio britânico já escolheu equipa de estrada, mas só pretende competir em Maio. Primeiro está o ciclocrosse

(Fotografua: UEC)
Já colecciona camisolas do arco-íris e só tem 18 anos. Na Grã-Bretanha olham para Tom Pidcock como um prodígio e não é apenas no país que já se anseia por ver no que este jovem ciclista poderá tornar-se. O "problema" com Pidcock é que tem uma enorme paixão pelo ciclocrosse, vertente que não quer para já deixar, apesar da pressão para que invista mais tempo na estrada. E já o vai fazer em 2018. Finalmente anunciou que é mesmo pela Team Wiggins que irá competir, mas sem deixar o ciclocrosse, que será a sua prioridade durante o inverno.

Apesar de não descartar aparecer em algumas corridas de estrada mais cedo, Pidcock gostaria de se estrear no Tour de Yorkshire, ou seja, a 3 de Maio. Curiosamente, poderá nem o fazer pela Team Wiggins. Em 2017, a equipa de Bradley Wiggins não recebeu um convite, mas o ciclista não está preocupado, pois considera que terá sempre a possibilidade de estar na corrida em representação da selecção.

"Será a minha primeira corrida a sério. Sou capaz de fazer umas mais pequenas antes. Ainda não sei", disse Pidcock ao site britânico Cyclist. Salientou que não irá logo tentar somar vitórias, mas, como se ler no texto, não será uma surpresa se o ciclista começar rapidamente a ser visto em fugas e noutros ataques durante as competições.

Já muito se fala que terá equipas do World Tour prontas a contratá-lo depois da adaptação à estrada estar feita. A Sky tem aparecido no topo da lista, muito porque Pidcock foi visto a treinar com a formação britânica. No entanto, afirmou que não passou de uma coincidência, pois estava a representar a selecção, que ficou hospedada no mesmo hotel da Sky. "No dia de recuperação pedalei com a Sky, mas fora isso, cada um seguiu o seu caminho", garantiu.

Conhecido por celebrar vitórias colocando-se numa posição de Super-Homem, Tom Pidcock foi campeão da Europa e do mundo de ciclocrosse em juniores e quer mais uma camisola do arco-íris nesta vertente, mas agora como sub-23. Os Mundiais realizam-se em Fevereiro e antes haverá os Nacionais. Na estrada foi campeão do mundo, também como júnior, de contra-relógio em Bergen.

E para preparar-se da melhor forma para os primeiros objectivos do ano, Pidcock irá passar o Natal na Bélgica, pois no dia 26 há uma corrida com um percurso que diz ser idêntico ao que encontrará na Holanda, nos Mundiais. Regressar a casa, só para o ano novo.

Quando foi campeão em Bergen, logo naquela altura foi anunciado por um responsável da Team Wiggins que Pidcock seria um dos reforços em 2018. O pai do ciclista desmentiu, sendo confirmado que a escolha era a Telenet-Fidea Lions, estrutura que representa no ciclocrosse. Mas como o próprio Pidcock agora reconheceu "era o segredo mais mal guardado" e irá mesmo para a formação britânica, que dedicar-se-á à evolução de ciclistas sub-23.

Chamam-lhe o novo Peter Sagan e pelo menos na forma de encarar o ciclismo até se podem ver parecenças, pois Pidcock não está preocupado em agradar a uma ou outra equipa, a um ou outro responsável. O próprio já admitiu que quer divertir-se enquanto compete e é uma forma de estar que não pretende abandonar. Lá para Maio, Pidcock será um daqueles ciclistas que muitos vão querer seguir com atenção. As expectativas são enormes. A ver vamos como irá lidar com elas.

»»O sucessor de Sagan que deixa as grandes equipas à espera de o contratar««

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