2 de dezembro de 2017

Novo objectivo, novo calendário e a Volta ao Algarve pode entrar nos planos de Froome

Froome prepara ataque à camisola que lhe falta: a rosa
Chris Froome prepara-se para realizar uma temporada diferente. A Austrália parecia ter o que o ciclista gosta para arrancar o ano, com bons percursos nas corridas e bom tempo para fugir ao Inverno europeu. Pelo menos foi a escolha nos últimos dois anos. No entanto, com a Volta a Itália a entrar nas contas do britânico para 2018, o calendário deverá sofrer alterações e o Algarve pode ganhar com esta mudança. Para já as provas de arranque de época mantêm-se no segredo... da Sky. Mas a especulação já começou.

Foi a Gazzetta dello Sport a primeira a avançar que Chris Froome procurará ficar pela Europa em 2018. Escolherá também começar a competir mais tarde, ou seja, em Fevereiro e não logo em Janeiro. E é aqui que entra a Volta ao Algarve. A corrida portuguesa realiza-se entre 14 e 18 de Fevereiro e já não há dúvida que está na equação de muitas das principais equipas, incluindo da Sky. Porém, há concorrência e vem da Andaluzia. A Ruta del Sol é também uma escolha para muitos dos principais ciclistas e em 2018 irá novamente coincidir com a data da corrida portuguesa. O Cycling News avança com estas duas possibilidades para o líder da Sky.

Froome já esteve nas duas competições. É preciso recuar a 2012 para recordar o britânico na Volta ao Algarve. Então ainda longe de se imaginar no grande vencedor que se tornaria, Froome fazia parte de uma Sky dedicada a levar Bradley Wiggins à vitória no Tour. Richie Porte ganhou, com o companheiro Wiggins a ficar em terceiro. Froome não partiu para a quarta etapa. Nesse ano a Sky conquistaria o principal objectivo para que foi criada, Froome foi segundo nesse Tour, mas já na perspectiva de passar ele a ser o líder em 2013. O resto é uma história que continua a ser escrita.

Quanto à Ruta del Sol, o britânico começou lá o ano de 2011, terminando na 50ª posição. Em 2015 iniciou na Andaluzia a sua preparação para o Tour. Ganhou a corrida espanhola, juntamente com uma etapa e em Julho conquistou a sua segunda Volta a França.

Os percursos poderão ser o factor de decisão. Na terça-feira ficar-se-á a conhecer a Volta ao Algarve ao pormenor, assim como algumas das equipas estrangeiras já confirmadas. Para já, só Louis Meintjes - que se prepara para regressar à estrutura da Dimension Data - pondera vir à Algarvia para preparar precisamente o Giro. A Ruta del Sol contará, sem surpresa, com Alejandro Valverde e Mikel Landa, que no próximo ano serão companheiros na Movistar.

Froome estará interessado em conhecer a segunda etapa da Volta ao Algarve, que termina no Alto da Fóia, a última, com meta no Malhão, e o contra-relógio em Lagoa também será certamente analisado (terceiro dia).

Em Março, o Tirreno-Adriatico deverá reentrar no calendário de Chris Froome, que só por uma vez realizou a prova italiana (2013) e foi segundo, atrás de Vincenzo Nibali. Ganhou uma etapa. Sendo uma corrida vista como de preparação para a Volta a Itália, o britânico não quererá falhar, até porque pode aproveitar para fazer o reconhecimento de alguns locais. É exactamente por isso que a Volta aos Alpes, em Abril, também poderá ser a eleita. A Sky por norma escolhe esta corrida, anteriormente apelidada de Giro del Trentino. Richie Porte, Mikel Landa e Geraint Thomas todos competiram lá antes de atacarem a Volta a Itália. A Volta à Croácia é uma alternativa, que este ano foi a preferida por Vincenzo Nibali.

A questão física será muito ponderada nas corridas que Froome realizar e quando fará os estágios que tanto gosta na África do Sul. Se há lições a tirar nas recentes tentativas de dobradinha Giro/Tour de Alberto Contador e Nairo Quintana, é que aparecer fisicamente bem para discutir a Volta a França depois de estar em alta em Itália tem sido uma missão impossível. Froome e a Sky precisam de procurar os famosos ganhos marginais que permitam ter dois picos de forma num curto espaço de tempo, em duas das mais exigentes corridas por etapas do ano. Agora é esperar para saber se teremos em Portugal o quatro vezes vencedor do Tour e que recentemente juntou a Vuelta ao palmarés.




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