2 de julho de 2017

Os polémicos ganhos marginais da Sky

(Fotografia: Facebook Le Tour de France)
No top oito do contra-relógio inaugural da Volta a França terminaram quatro ciclistas da Sky. Geraint Thomas ganhou e vestiu a camisola amarela, Chris Froome ganhou mais de 30 segundos aos seus adversários para a geral. Foram só ganhos. O segredo? Os fatos aerodinâmicos que já estão a causar polémica. Foram levantadas dúvidas sobre a legalidade, mas os comissários do Tour dizem que nada podem fazer. Os ganhos marginais da Sky voltaram a fazer mossa e claro que há sempre quem levante a voz para colocar em causa o que foi feito.

Os equipamentos brancos permitiram ver-se muito bem que na zona do ombro e até junto ao cotovelo os ciclistas tinham um adereço que pertencia ao fato. O desenho pertence à marca que este ano fornece a roupa à equipa, a Castelli, e permite - numa explicação simples - que haja uma melhor deslocação de ar enquanto pedalam. Ou seja, menos resistência (atrito), mais velocidade, melhores tempos. As regras determinam que não podem ser utilizados adereços que não pertençam ao fato dos ciclistas e que possam favorecer a aerodinâmica. Ora a questão é que este pormenor em causa, pertence aos fatos.

O primeiro a protestar publicamente foi o director desportivo da FDJ, Fred Grappe, contudo, os comissários do Tour já responderam a dizer que nada podem fazer e a Sky também veio a público alertar que os polémicos fatos foram autorizados antes de serem utilizados no contra-relógio. Perante a questão levantada pelo responsável da FDJ é possível que os fatos venham a ser analisados com mais atenção e Grappe ainda espera que quando chegar o esforço individual de Marselha, na penúltima etapa, a Sky seja proibida de os utilizar.

Com ou sem ganhos marginais, a Sky teve de se aplicar na segunda etapa do Tour. Uma queda a 30 quilómetros da meta afectou Chris Froome, assim como Richie Porte (BMC) e Romain Bardet (AG2R). O trio perdeu algum tempo e Froome ainda voltou a ficar para trás quando teve de trocar de bicicleta. Por duas vezes a Sky teve de recolocar o seu líder na frente da corrida, com sucesso. Desta vez Alberto Contador (Trek-Segafredo) respirou de alívio. Ele que nos últimos anos tem sido perseguido por quedas, escapou e no final até disse que é uma vitória terminar uma etapa no Tour sem cair.

Passado o susto dos homens da geral, foi o momento dos sprinters lutarem pelo primeiro triunfo numa etapa em linha, na chegada a Liège, na Bélgica. Marcel Kittel impos-se para alegria da Quick-Step Floors, formação daquele país. E já são 36 vitórias este ano, 10 de Kittel. Geraint Thomas continua a viver o seu sonho de amarelo, pois manteve a liderança.

Veja aqui as classificações da segunda etapa.

Proibido distraírem-se


A terceira etapa do Tour não tem uma dificuldade muito grande, mas o constante sobe e desce, com contagens de quarta e terceira categoria, vai obrigar a muito trabalho das equipas dos sprinters se quiserem que o seu homem mais rápido esteja na luta. Sendo ainda cedo na corrida, é improvável que uma fuga ganhe muito tempo, mas este não é um terreno que os sprinters simpatizem muito. Dia para Sagan ou Michael Matthews?

Serão 212,5 quilómetros, mais uma maratona, que levarão o pelotão finalmente a França, depois de partirem da Bélgica e de uma passagem pelo Luxemburgo.


Résumé - Étape 2 - Tour de France 2017 por tourdefrance


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