9 de junho de 2016

A vontade olímpica de conquistar aquela medalha

(Imagem: print screen)
O percurso da prova de estrada dos Jogos Olímpicos é sempre a subir. As oito subidas de quarta categoria até poderiam não assustar ciclistas como Peter Sagan. Porém, as três primeira categorias em cerca de 60 quilómetros fazem com que este ano os Jogos tenham interessado mais a atletas como Alberto Contador e Vincenzo Nibali, por exemplo, que já assumiram que a corrida do Rio de Janeiro é um dos objectivos do ano. Os sprinters  e homens com características que não combinam com subidas difíceis, vão antes virar-se para os Mundiais. No entanto, vencedores natos como Sagan, não desistem tão facilmente. O eslovaco encontrou a forma de ter hipótese em conquistar o ouro olímpico sem ter de esperar mais quatro anos: vai regressar ao BTT.

Após as clássicas da primavera, o campeão do mundo de estrada fez uma pausa do alcatrão e foi matar saudadas da terra batida. Participou em duas provas, uma não terminou e foi quarto na outra (e não nos podemos esquecer que Sagan foi campeão do mundo em juniores da modalidade). Nessa altura já se devia esperar que o eslovaco estava a preparar alguma surpresa. E aí está ela: trocou o lugar na prova de estrada nos Jogos Olímpicos pelo do BTT. Aquelas subidas no percurso de estrada não lhe dariam qualquer hipótese de chegar à medalha, mas trocando para o BTT, Sagan passa agora a estar entre os candidatos, mesmo não sendo a sua modalidade de eleição de momento. Deste ciclista espera-se tudo.

Até poderá parecer injusto incluir Sagan e não um dos ciclistas de BTT. A federação eslovaca tentou obter um wild car para enviar Sagan, mas não conseguiu. Porém, como é que poderia recusar um pedido do seu melhor ciclista? Era impossível.

O presidente da federação, Peter Privara, admite que o expectável seria ver o campeão do mundo de estrada... na estrada. Explicou ainda que após a Volta a França, Sagan irá ter quatro semanas intensas de treino no BTT, porque o objectivo não é ir ver as paisagens brasileiras.

O estatuto vale muito em momentos como este e Sagan conquistou-o com 79 vitórias como profissional aos 26 anos. Não só convenceu a federação, como a própria equipa Tinkoff parece não ter objecções com esta mudança.

Não é só na estrada que este fantástico ciclista se adapta a várias dificuldades. Não hesita em mudar de modalidade se isso lhe aumentar a possibilidade de ganhar e é esta capacidade de adaptação a qualquer situação que o irá colocar na história como um dos melhores do ciclismo... seja em que terreno for.

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